Neste período do ano boa parte da população de Porto Velho sofre com o tempo seco. Além da fumaça provocada pelas queimadas, a baixa umidade provoca incômodo nas vias respiratórias e olhos. E isso não é só uma impressão. Segundo o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) desde a semana passada o nível de umidade relativa do ar, ou seja, a relação entre a quantidade de água existente no ar e a quantidade máxima que poderia haver, está abaixo dos 30%.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) os índices de umidade relativa do ar abaixo dos 60% são considerados inadequados a saúde humana. Quando esse nível cai para 30% é decretado estado de atenção e a orientação é redobrar os cuidados com a saúde, como hidratar mais e evitar fazer atividades físicas ao ar livre entre 11h e 15h.
Apesar de preocupante, o meteorologista do Sipam Diego Silva explica que essa queda no nível de umidade é comum nessa época do ano.
“Hoje está em 25%. A umidade esperada para os próximos dias é dentro dessa faixa, principalmente no centro-sul do estado, região de Vilhena, que é um pouco mais seco. Aqui na região norte e oeste, no Vale do Guaporé, fica ainda dentro dos 30%, mas de 30% a 20% a gente está em estado de atenção”, explica o meteorologista.
Para tentar amenizar os efeitos da baixa umidade, a orientação é tentar umidificar o ambiente com aparelhos, bacias d’água e até toalhas molhadas. A previsão é que os níveis continuem baixos, podendo até mesmo ficar em torno de 15%.
“A gente está ainda no meio do período seco, e essa umidade cada vez mais baixa acontece do meio para o final do seco. Por enquanto a previsão é estar dentro dos 25%, mas é muito comum nesse período chegar no estado de alerta, que seria de 20% a 15%, e as vezes quando a gente tem uma seca muito severa, que não é o que a gente está esperando esse ano, pode chegar a abaixo de 15% “, explica o Diêgo Silva.